quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Comentário lido no novo "blogue" Filibusteiros


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«Como nos ensina N. Chomsky, combater um adversário ideológico, ou um inimigo político ou cívico, começa por rejeitar a submissão à sua linguagem.
 
A submissão à linguagem significa a aceitação dos termos e do terreno da luta, que implica uma total incapacidade de poder ter condições de igualdade na batalha.
 
Dizia o Y. Montand, já nos idos de 70, que a atitude mais revolucionária que um homem de Esquerda pode ter é Aprender. E se tivermos em conta que "aprendre", em Francês, também significa ensinar...
 
Hoje, em Portugal, a verdadeira luta política e social já não está no Parlamento, mas também não está (ainda?) na rua. Está antes na televisão, primeiro, depois no jornais e também, um pouco, na "internet" (e na "blogosfera") e é de momento, sem dúvida, uma luta sobretudo de linguagem (*).
 
E sem vencer essa luta, pode mesmo tornar-se impossível vencer as subsequentes...
 
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(*) Veja-se como se torna impossível discutir, quando a maior parte das pessoas nem sequer tem dos factos concretos a mesma percepção do que o seu ocasional opositor. Fale-se em dívida externa, em corrupção, em funcionalismo público, em TGV, em PPP's, em Sócrates e em tantas outras palavras-mito e veja-se como de imediato se abre campo livre ao preconceito e à emoção, inviabilizando à partida qualquer hipótese de troca racional de pensamentos. Seja para discordar, seja para concordar - e esta é de momento a maior fragilidade da Esquerda portuguesa! Que pode partir para a manifestação de Sábado como um bloco, mas à menor tentativa de diálogo se partirá em mil pedaços. E quando é assim, a "força" da rua é um gatinho de papel...»


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