quarta-feira, 24 de julho de 2013

No rescaldo da "tele-novela mexicana" com que terminou o 1º ciclo da era Passos Coelho


 
À hora a que escrevo estas linhas, acaba de tomar posse o novo XX Governo Constitucional da República pós-Abril, vice-liderado por Paulo Portas e dominado pelo CDS.

Passos Coelho passa a ser o 1º-ministro-fantasma neste Governo de Cavaco e do CDS, disso ninguém tem dúvidas. Só falta mesmo é saber quantos meses, ou semanas, se aguenta a Miss "Swaps" Albuquerca.

Para ser franco, não tenho esperanças de espécie nenhuma neste Governo, mas também não penso que vá ser pior do que o anterior (coisa, aliás, práticamente impossível…). Que seja o menos mau possível, é tudo o que desejo.

Em todo o caso, não me desagrada este desfecho, que representa o fim do PSD como Partido social-democrata e que pode dar assim origem a um CDS maior, tipo Partido Conservador britânico, o que não me parece mal, desde que contribua para extinguir de vez o PSD e deixar ao PS o espaço natural da Social-democracia portuguesa. Em teoria, isto seria uma evolução partidária positiva…

Já quanto ao Cavaco, completamente enrolado pelo turbilhão que criou, se este Governo der alguma coisa de jeito, ele não tem mérito nenhum nisso, pois que desde o início que não o quis. Pelo contrário, se der para o torto, que é o mais certo, ele será sempre o seu principal responsável! Tem já a sina marcada, como o pior Presidente de sempre da nossa centenária República (Américo Thomaz incluído!), disso já não se escapa.

Assim como o espectro Passos Coelho, a partir de agora um autêntico MORTO-VIVO, uma vez falhadas todas as suas apostas fortes – Gaspar, Relvas, Álvaro, “ir além da Tróica”, afrontar a Constituição, etc. –, será para sempre apontado como o pior chefe de governo desde o 25 de Abril, Santana Lopes e Vasco Gonçalves incluídos! É obra…

 

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